19 de novembro de 2014

Câmara realiza audiência para discutir problemas do pós-balsa, no Riacho Grande

© foto: Mandato do vereador Toninho da Lanchonete. Todos os direitos reservados. É proibido qualquer tipo de reprodução da imagem sem a devida autorização. Imagem protegida pela Lei do Direito Autoral nº 9.610 de 19/02/1998.
 
Cerca de duzentos moradores da região pós-balsa, no Riacho Grande, participaram de assembleia pública para debater possíveis soluções para o problema da travessia da balsa João Basso e da falta de segurança na região. A atividade aconteceu na tarde desta quarta-feira, 19, no plenarinho da Câmara Municipal de São Bernardo do Campo (CMSBC) e foi organizada pelo promotor de Justiça Jairo de Luca.
 
Além da população, estiveram presentes os vereadores Antonio Carlos da Silva, o Toninho da Lanchonete; Hiroyuki Minami; Luizinho; Marcelo Lima; Osvaldo Camargo; Walter Tavares; Tião Mateus, presidente da CMSBC; e Zé Ferreira, líder de governo; os secretários municipais Benedito Mariano, de Segurança Urbana; Márcia Barral, de Desenvolvimento Social e Cidadania; Oscar Gameiro, de Transportes e Vias Públicas; o subprefeito do Riacho Grande, Wagner Lino; a deputada estadual, Ana do Carmo; Luís Ricardo Davanzo, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de São Bernardo (OAB-SBC); representantes das polícias Civil e Militar; e da promotoria da República.
 
Jairo de Luca começou a audiência apresentando um vídeo em que ele registra a péssima condição encontrada na travessia João Basso. Nas imagens estão registradas diversas irregularidades, como o excesso de passageiros e a falta de segurança dos usuários da balsa.
 
Em seguida, foi a vez dos moradores falarem diretamente com as autoridades. Na oportunidade, os munícipes elencaram diversos problemas enfrentados por eles diariamente. A população reivindica mais segurança em toda região pós-balsa, reivindica também a construção de uma alça de acesso para a rodovia dos Imigrantes. Os moradores também citaram outros problemas como a falta de iluminação, falta de segurança e falta de critérios dos funcionários na fila de carros da balsa.
 
Diante dos ânimos exaltados, de Luca afirmou que “toda tensão desta audiência é prova inequívoca do colapso da travessia João Basso”.
 
Wagner Lino fez questão de deixar bem claro a atribuição de cada entidade, da administração municipal, do governo estadual e federal. O subprefeito fez breve explicação do trabalho realizado diretamente com a população no sentido de discutir as regras para a travessia da balsa. Afirmou que foram realizadas reuniões com os moradores para debater todas as condições.
 
O delegado da Polícia Civil, Baldomero Neto, titular do 4º Distrito Policial (responsável pela região do Riacho Grande) declarou que a Civil esta totalmente à disposição para discutir todos os assuntos referentes à Segurança Pública. Neto afirmou que “reuniões públicas são o caminho para se resolver o problema”.
 
Benedito Mariano fez uma explanação de tudo que é responsabilidade da Guarda Civil Municipal, questionou a ausência de um representante da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE), responsável pela balsa do Riacho, e exigiu a implantação de uma base de policiamento na região do pós-balsa.
 
O promotor da República, Steven Shuniti, disse que é preciso qualificar todas as reivindicações para garantir uma resposta eficiente para a população. Steven considerou muito importante a participação popular na assembleia e classificou como “muito grande” a responsabilidade de organizar uma comissão de moradores para dialogar com o poder público.
 
Roberto Nauheimer, major da PM, falou da sensação de insegurança dos moradores e fez comparações do baixo índice de ocorrências policiais no pós-balsa com a região central do Riacho Grande. No entanto, Nauheimer afirmou que a PM não tem medo de atuar no pós-balsa e esta totalmente preparada para fazer o policiamento na região.
 
O presidente da OAB-SBC, Luís Ricardo Davanzo, defendeu todas reivindicações da população e declarou que irá trabalhar para que seja criada uma comissão da Ordem para acompanhar os problemas do pós-balsa.
 
Por fim, de Luca disse estar satisfeito com a audiência e declarou que acredita que “a situação será resolvida, mas que a participação social será decisiva”.