25 de setembro de 2015

Dom Pedro Cipolini realiza palestra na CMSBC

Bispo da Diocese de Santo André palestrou sobre posição da igreja Católica na questão da igualdade de gêneros
 
Na noite desta sexta-feira (25), Dom Pedro Carlos Cipolini, bispo da Diocese de Santo André, fez uma palestra sobre igualdade de gêneros e falou a respeito da posição da igreja Católica sobre o Plano Nacional de Educação. O evento aconteceu no plenário da Câmara de São Bernardo do Campo, e reuniu cerca de 500 pessoas, entre munícipes, vereadores e deputados.
 
O vereador Antonio Carlos da Silva, o Toninho da Lanchonete, idealizador da palestra, agradeceu a presença do bispo Dom Pedro Cipolini e de todos que estiveram presentes. “Quero agradecer por esta oportunidade de estar aqui hoje participando desta palestra. É uma satisfação muito grande recebê-lo aqui na Câmara”, afirmou Toninho.
 
Dom Pedro fez um discurso bastante aplaudido. Durante vários momentos, seu nome foi ovacionado pela maioria das pessoas presentes. “Vim aqui hoje fazer uma pequena contribuição. Venho emprestar minha voz a milhares de pessoas que fazem parte da Diocese de Santo André. Católicos que gostariam de ver suas opiniões representadas nesta Casa de Leis”, declarou.
 
O bispo de Santo André também fez questão de afirmar que “a igreja Católica não apoia a homofobia”. Em sua intervenção, Dom Pedro disse que “a igreja não pode deixar de receber como irmãos as pessoas que optaram pela vida homoafetiva”. “O próprio Papa Francisco já afirmou que todos são filhos de Deus”, disse.
 
Por fim, Dom Pedro se dirigiu aos parlamentares que estavam presentes. “Quem representa alguém tem o direito de ouvir seus representados. Precisamos entender que o estado é laico, mas a laicidade compreende o respeito a todas religiões. A não participação da sociedade civil na escolha do modelo educacional a ser escolhido é uma grave ameaça aos direitos das famílias”, comentou.
 
Protesto
Um pequeno grupo, com cerca de vinte pessoas, se manifestou durante toda a palestra. Enquanto o bispo discursava, os manifestantes gritavam palavras de ordem afirmando que o estado é laico.