11 de abril de 2012

Moradores do Bairro Alvarenga protestam durante sessão desta quarta-feira



Na sessão ordinária desta quarta-feira (11), ocorreu uma manifestação com mais de cem moradores do Bairro Alvarenga na Câmara Municipal. O motivo do protesto é o fim das atividades da Associação Civil Criança Vida Nova, no Jardim das Orquídeas, e do Centro Comunitário das Crianças de Nossa Senhora do Guadalupe, no Jardim Laura.

Segundo informações dos pais das crianças atendidas pelos centros comunitários, as atividades das creches foram interrompidas desde o dia 9 de abril e no bairro não há nenhuma outra opção de lazer, cultura e educação. As duas entidades atendem mais de 350 crianças e jovens de 0 à 16 anos de forma gratuita.

A irmã Adriana Rubino é coordenadora das instituições. Ela comenta que deixou de receber ajuda financeira vinda da Itália e isso tem comprometido a manutenção dos centros e o pagamento dos funcionários, o que implica na falta de atendimento às crianças carentes.

Irmã Adriana disse que o repasse (de R$ 59 por criança) feito pela prefeitura não é suficiente e que o valor precisa ser revisto.

“Com este valor, seria possível manter de dois a três dias de atividades, como afirmou a secretária, mas nós oferecemos atividades todos os dias da semana e, sozinhos, não conseguimos mais arcar com esse gasto”, declarou.

A secretária de Desenvolvimento Social e Cidadania, Márcia Barral, e o secretário de Governo, Maurício Soares, estiveram presentes na reunião, que aconteceu após a sessão ordinária ser interrompida para atender os manifestantes.

Márcia Barral respondeu à alguns manifestantes que afirmavam que a prefeitura havia cortado a verba que seria repassada à instituição. De acordo com a secretária, “o fim do contrato da prefeitura com o centro comunitário (que aconteceu em fevereiro deste ano) acarretou em atraso no pagamento dos funcionários devido à renovação do contrato e por causa de documentação”. Ainda segundo Márcia Barral, a situação já foi normalizada.

Informações divulgadas pelo governo municipal, existe um estudo de um novo contrato de caráter emergencial para manter o funcionamento das duas entidades. O poder executivo deverá encaminhar ao legislativo um projeto de lei instituindo o contrato que irá aumentar o valor repassado.

Homenagem

Durante a sessão, foi aprovado por unanimidade pelos vereadores o projeto de lei que dá o nome de Edifício Arquiteto Octávio Manente Júnior ao prédio do Anexo I do Palácio João Ramalho.

Eleito três vezes como vereador, Octávio Manente foi presidente da Câmara Municipal de São Bernardo no biênio 2008-2009. Também foi secretário de Obras da cidade. Faleceu durante o exercício de seu terceiro mandato, em decorrência de um câncer, em abril do ano passado.